quinta-feira, 28 de julho de 2016

O Flautista de Hamelin – Teatro Alfa



Cia Furunfunfum traz de volta O Flautista de Hamelin

Inspirado numa história real, a premiada adaptação do famoso conto europeu, imortalizado pelos Irmãos Grimm, comemora dez anos.
Por César Alves

Parte do repertório de mitos e lendas da Europa medieval, O Flautista de Hamelin teria sido inspirado num fato real, ocorrido na cidade Alemã de Hamelin no ano de 1284. A história sobreviveu aos séculos através da tradição oral e chegou aos nossos dias como parte do repertório de contos de fadas dos Irmãos Grimm.
Adaptado para os palcos pela premiada Companhia Furunfunfum, o espetáculo estreou em 2006, angariando sucesso de público e crítica, no Teatro Alfa, o mesmo que agora recebe a remontagem que comemora seus dez anos.
A trama faz parte do imaginário infantil ocidental há séculos e conta como a cidade recorre a um misterioso flautista para se ver livre de uma infestação de ratos, prometendo-lhe, como pagamento pelo serviço, uma soma em dinheiro. Ele cumpre sua promessa, mas quando volta para receber o pagamento percebe que foi enganado pelas autoridades, que não mantém o combinado e o ridicularizam. O Flautista, então, decide fazer o feitiço virar contra o feiticeiro e leva as crianças para fora da cidade usando seu poder: a arte.
No espetáculo, que conta com a cenografia de Silvia Gandolfi – inspirada no período das Cruzadas, mas que também remete ao Renascimento –, toda a platéia é nomeada cidadã de Hamelin, situação que gera diversas interações com o público. A companhia utiliza canções autorais, tocadas ao vivo pelo protagonista, Marcelo Zurawski, que, além de ator, também é musico.
Também direcionada aos adultos, a peça busca trazer à tona questões políticas e sociais que são contadas de forma leve pela linguagem literária e infantil. A direção do espetáculo fica a cargo de Marcelo e Paula Zurawski.

Contando 24 anos de atividade e 12 espetáculos no repertório, em 2004, grupo Furunfunfum foi indicado ao prêmio APCA por Rapunzel, sendo reconhecido como Melhor Trabalho para Platéia Infanto-Juvenil; também foi premiado pela Cooperativa Paulista de Teatro, por Tô Índio no Circo, além de receber duas indicações ao FEMSA por O Circo do Seu Lé.
O Flautista de Hamelin  reestréia dia 6 de agosto.


Serviço:

Peça: O Flautista de Hamelin
Adaptação: Grupo Furunfunfum
Local: Teatro Alfa – Sala B
Endereço: Rua Bento Branco de Andrade Filho, 722 – Santo Amaro, São Paulo-SP.
Telefone: (11) 5693-4000.
Capacidade: 204 lugares.
Temporada: Sábados e domingos, às 17h30. Até 25 de setembro.
Duração: 50 minutos.
Classificação: Livre



Cinema Explícito - Rodrigo Gerace



Cinefilia na Alcova

A representação cinematográfica do sexo através da história é tema de Cinema Explícito, livro de Rodrigo Gerace.
Por César Alves

Representado de forma sugerida, simulada ou explícita, o sexo divide a mesma alcova com o cinema, em cumplicidade lasciva, desde o surgimento do cinematógrafo. Ainda assim, poucos são os estudos sérios e aprofundados sobre o sexo no cinema a ir além das preliminares. Talvez, devido ao elevado nível de tabu e controvérsia que – surpreendentemente, em pleno século 21 – ainda gira em torno do tema, são poucos os estudiosos que ousam passar do flerte ou, diante do assunto, antecipar a broxada.
Não é o caso de Rodrigo Gerace, autor de Cinema Explícito – As Representações Cinematográficas do Sexo, lançado recentemente pela Editora Perspectiva em parceria com as Edições Sesc. Resultado de sua tese de doutorado, a obra faz justiça ao que se propõe, promovendo um mergulho aprofundado na maneira como o ato sexual vem sendo mostrado no cinema, do nascimento do gênero até os nossos dias.
Sociólogo e Crítico de Cinema, Gerace se viu seduzido pelo tema a partir de sua paixão pela sétima arte e, depois de assistir à exibição de Os Idiotas (1997), de Lars Von Trier, suas interrogações sobre o erótico e o pornográfico, o implícito e o explícito e o que faz uma película cinematográfica ser considerada obscena. A partir daí o autor empreendeu uma extensa pesquisa que incluiu assistir a cerca de mil filmes e uma jornada pela Europa em busca de museus e acervos de colecionadores particulares.
O autor parte dos primeiros filmes com temática “erótica”, ainda na fase inicial da sétima arte. Eram filmes como Sandow: Strong Man (1894) de Thomas Edson, que, de tão inocentes para os padrões de hoje em dia, dificilmente dá pra acreditar na polêmica que causaram. O Beijo (1896), dirigido por William Heise e também produzido por Edson, por exemplo, exibia não mais que um pequeno “selinho” entre dois atores que, na época, encenavam uma peça na Broadway. Por mais ingênua que a cena pareça hoje em dia, uma vez deslocada do palco e apresentada em close-up, foi considerada tão obscena que um crítico de Chicago chegou a apelar que a polícia impedisse sua divulgação, devido à ofensa moral aos bons costumes, que tamanha “safadeza” explícita representava.
Mas é bom lembrar que tratar como caso de polícia as manifestações da sensualidade na arte, já naquela época, não era bem uma novidade. Já em 1873 o congresso norte-americano aprovou o Ato de Supressão do Comércio e Circulação de Literatura Obscena e Artigos Imorais, que criminalizava a distribuição através dos correios de obras literárias, artigos censurados e qualquer material impresso cujo conteúdo fosse considerado contrário aos padrões morais da época. O conjunto de leis foi proposto pelo congressista, chefe dos correios e arauto da luta pela moralidade e controle da vida sexual alheia, Anthony Comstock. A Lei Comstock, como ficou conhecida, promovia uma verdadeira caçada a textos proibidos, como traduções clandestinas de Sade, por exemplo, mas também barrava textos médicos e panfletos sobre métodos contraceptivos.
Quem leu o brilhante livro reportagem de Gay Talese, A Mulher do Próximo – e, para quem não leu, fica aqui a dica –, deve se lembrar que a lei teve papel importante na repressão a livros como O Amante de Lady Chatterly, de D.H. Lawrence, e foi fundamental para barrar a publicação nos Estados Unidos de autores como James Joyce, por exemplo. A lei serviu também para impedir a difusão, através do correios, dos controversos Stag films, (aqui também analisados), que eram curtas de conteúdo erótico, produzidos na época do cinema mudo, como o argentino El Satario (1907), de autor desconhecido, e A Free Ride (1915), de A Wise Guy.  Mas viria de um ex-colaborador e pupilo de Anthony Comstock, o líder do Partido Republicano, William H. Hays, a verdadeira repressão ao sexo no cinema.
Aprovado em 1921 e em vigência até meados do século XX, o Código Hays impunha uma série de códigos e conduta a serem seguidas pelos produtores de cinema, para que os filmes fossem exibidos. Tais regras iam da que um casal nunca poderia aparecer indo dormir no mesmo quarto – com exceção de quando eram casados e, mesmo assim, não na mesma cama, e sim em camas separadas –, até a duração de um beijo que, dos quatro segundos, na época da primeira publicação da lei, chegou a ser reduzido para um segundo e meio, a partir de 1930.

De O Cão Andaluz a Garganta Profunda
Mas Gerace não se limita a analisar o aparelho repressor do “empata foda jurídico” Estatal contra o sexo no cinema e, se o assunto são as representações do sensual e do erótico na grande tela, o autor promove um verdadeiro compêndio do que até aqui foi feito, tanto no cinema comercial das grandes salas, quanto no circuito independente Cult e underground, passando pela indústria pornô. É o caso de Garganta Profunda (1972), de Gerard Damiano, estrelado por Linda Lovelace, que causou polêmica no meio acadêmico e dividiu o movimento feminista entre aquelas que enxergavam no filme uma propaganda machista e falocêntrica, enquanto outras o viam como libertador e um marco contracultural do movimento pela liberdade e igualdade sexual. Reflexo disso ou não, Garganta Profunda ganhou admiração de gente como Truman Capote e, dos 25 mil dólares gastos para realizá-lo, acabou faturando 600 milhões de dólares em todo o mundo, consolidando o potencial financeiro da indústria cinematográfica do cinema adulto.
De O Cão Andaluz, de Dali e Buñuel, aos experimentos de Andy Warhol; de O Diabo em Miss Jones a Ninfomaníaca, de Lars VonTrier, passando por Pasolini, John Waters, o cinema gay e o movimento New Queer, mais que um registro histórico, o autor pautou-se pela analise sociológica e acadêmica e teve como referência não só os filmes e os registros publicados sobre eles, mas também a obra de grandes autores que também debruçaram-se sobre o tema, como Susan Sontag e, principalmente, Michel Foucault.
Mas não pense o leitor que Gerace limitou sua pesquisa às manifestações do sexo no cinema internacional, o Brasil não ficou de fora, com direito a um capitulo especial sobre a produção marginal da Boca do Lixo paulistana e a Pornochanchada.
Ricamente ilustrada, a obra nos oferece um deleite quase orgástico, graças ao excelente trabalho de pesquisa, a escrita nada cansativa e produção visual, com reproduções de cartazes pouco vistos e cenas antológicas dos filmes citados.
Rodrigo promete um livro sobre Lars Von Trier para os próximos meses. Então, ainda falaremos muito dele por aqui.

Serviço:
Título: Cinema Explícito
Autor: Rodrigo Gerace
Lançamento: Editora Perspectiva e Edições Sesc
320 páginas



Exposição "A Valise Mexicana" - Caixa Cultural São Paulo



Caixa Cultural abre exposição reunindo fotos recuperadas de Robert Capa, Gerda Taro e David Chim

“A Valise Mexicana” contém imagens pouco conhecidas do período em que o fotógrafo cobriu a Guerra Civil Espanhola.
Por César Alves

Reflexo do verdadeiro barril de pólvora em que se encontrava a Europa no início do século passado, a Guerra Civil Espanhola (1936-1939) viria a definir as principais características que marcariam os conflitos bélicos de então. Reunindo os principais elementos militares e ideológicos do período, o conflito durou quase quatro anos, deixou 400 mil mortos, arrasou a economia do país e instaurou uma ditadura fascista que perdurou por quase 40 anos.
Sua importância, no entanto, vai além do impacto geopolítico que deu origem à segunda grande guerra. Graças ao papel de três fotógrafos de origem judaica, imigrantes fugitivos da perseguição nazista, Robert Capa, sua esposa, Gerda Taro, e David “Chim” Seymor, a Guerra Civil Espanhola também redefiniria o fotojornalismo e a própria maneira de se fazer a cobertura jornalística de guerra.
Com o uso da câmera manual Leica 35 milímetros, Capa, Taro, e Chim, inauguram uma nova forma de se fazer cobertura de guerra. A maior mobilidade permitida pelo avanço das câmeras fotográficas, aliadas ao destemor exigido para documentar zonas de guerra, levaram Robert Capa a criar a famosa máxima: “se sua foto não está boa o suficiente, é porque você não chegou perto o suficiente”.
No aniversário de 80 anos da eclosão do conflito – quando o mundo parece novamente em convulsão –, os brasileiros terão a rara oportunidade de compreender do que estamos falando, através da exposição A Valise Mexicana: a redescoberta dos negativos da Guerra Civil Espanhola de Capa, Taro e Chim, em cartaz na Caixa Cultural São Paulo.

As fotos da exposição registram sequências de batalhas, retratos de personalidades e pessoas comuns, e o devastador efeito da guerra na sociedade espanhola. Unidos pelo engajamento contra o fascismo, cada um dos três fotógrafos possuía um estilo diferente de cobertura.
Enquanto as fotos de Capa mostravam em geral uma ação mais crua, ligeiramente fora de foco e geralmente com o objeto principal fora do centro da fotografia, Chim tinha uma preocupação maior com a vida cotidiana dos afetados pela guerra (em 1948 ele seria o primeiro fotógrafo contratado pela Unicef para retratar as crianças européias no pós-guerra). Já Gerda Taro procurava mostrar as mulheres envolvidas no conflito e a vida dos soldados atrás do fronte.
Curiosamente, os três fotógrafos morreram em circunstâncias semelhantes, documentando cenários de guerra. Gerda Taro, em 1937, atropelada acidentalmente por um tanque quando cobria a batalha de Brunete, ainda durante a Guerra Civil Espanhola. Robert Capa faleceu em 1954, após pisar em uma mina, na Guerra da Indochina. “Chim” Seymour perderia a vida dois anos depois, em 1956, metralhado quando cobria a Guerra de Suez no Egito.
Robert Capa reuniu boa parte da cobertura realizada por ele, Taro e Chim em negativos guardados em uma valise que ficou desaparecida desde o final da guerra, em 1939. Ela poderia ter sido perdida em meio ao caos gerado pela chegada dos alemães em Paris em 1940, onde Capa mantinha seu estúdio. Os 4.500 negativos só foram encontrados na década de 1990, na Cidade do México, quando o cineasta Benjamin Tarver, sobrinho de diplomata mexicano, descobriu o material, e que entregaria apenas em 2007 ao International Center of Photography, instituto fundado por Cornell, irmão mais novo de Capa.






Serviço:

Exposição: A valise mexicana: a redescoberta dos negativos da Guerra Civil Espanhola de Capa, Taro e Chim
CAIXA Cultural São Paulo (Praça da Sé, 111, próximo à estação do Metrô Sé)
Abertura ao público: 23 de julho (sábado), às 14h
Visitação: de 23 de julho a 2 de outubro de 2016, de terça-feira a domingo, das 9h às 19h
Informações: (11) 3321-4400.
Não recomendado para menores de 10 anos
Entrada gratuita


segunda-feira, 25 de julho de 2016

O Teste de Turing – Centro Cultural São Paulo



A Máquina Diferencial

Texto premiado na Mostra de Dramaturgia em Pequenos Formatos Cênicos do CCSP, O Teste de Turing estréia na Sala Jardel Filho.
Por César Alves

Proposto pelo matemático, criptógrafo e pai da Ciência da Computação, o inglês Alan Turing, o Jogo da Imitação – também chamado Teste de Turing – consiste em propor a uma ou mais pessoas uma prova de perguntas e respostas feitas por dois outros interlocutores que elas não podem ver, sendo que um deles é uma máquina. A idéia é que, uma vez que aqueles que participam do teste, de acordo com as respostas fornecidas, não consigam diferenciar quem é o interlocutor humano e quem é o computador, está comprovada a Inteligência Artificial.
O teste forneceu inspiração para inúmeros autores de ficção-científica, na literatura, nos quadrinhos e no cinema – vide o ótimo Ex-Machina, por exemplo – e ainda hoje é utilizado como método eficaz, para comprovar a existência de máquinas realmente inteligentes.
É também o ponto de partida para a dramaturgia do espetáculo O Teste de Turing, em cartaz no Centro Cultural São Paulo.
Na peça uma empresa de tecnologia afirma que construiu uma máquina capaz de simular completamente a consciência e o comportamento dos seres humanos. Para comprovar a proeza, precisa fazer o teste proposto por Alan Turing. Um linguista, um programador e um matemático são chamados para pôr o teste em prática. O que eles não sabem é que todas as suas atitudes já foram previstas bem antes.
Premiado na II Mostra de Dramaturgia em Pequenos Formatos Cênicos do CCSP, o texto, de autoria de Paulo Santoro, é dirigido por Eric Lenate e tem no elenco Jorge Emil, Rodrigo Fregnan, Felipe Ramos e Maria Manoella - participações em vozes: Hélio Cícero, Martina Gallarza e Fernando Gimenes.


Serviço:
Peça: O Teste de Turing, de Paulo Santoro
Local: Centro Cultural São Paulo – Sala Jardel Filho
Rua Vergueiro, 1000 – Paraíso
(11) 3397-4002


A Melancolia de Pandora - Peça



Pandora encaixotada

Fazendo referências a personagens míticas femininas, A Melancolia de Pandora traz Bete Coelho e Djin Sganzerla, num espetáculo carregado de sombra e movimento.
Por César Alves


Citada por Hesiodo na Teogonia e em seu Os Trabalhos e os Dias, Pandora teria sido a primeira mulher, criada por Hefesto, o artesão dos deuses e também um deus, mestre do fogo e da metalurgia.
Dotada de graça, beleza e persuasão, Pandora teria sido enviada ao titã Epimeteu, juntamente com um presente de casamento: uma caixa contendo todas as benesses e também todos os males que afligem a humanidade. O mito da Caixa de Pandora é bem conhecido e todos sabem que, movida pela curiosidade, ela teria aberto a caixa, deixando escapar todo o seu conteúdo, com exceção da esperança.

O mito é parte da inspiração para o espetáculo A Melancolia de Pandora, que reúne as Companhias BR-116 e Lusco-Fusco (Brasil), e Theatre de L’ Ange Fou (França e EUA).
Fazendo referências a diversas personagens míticas e arquetípicas, personificadas na mente de uma mulher solitária, aqui Pandora nos é apresentada como a prisioneira de sua própria caixa, perdida no labirinto de uma vida imaginária.
Vigiada de perto por um Anjo e sob o tratamento do doutor Ahriman, a personagem teria passado a maior parte de sua vida na cama, com medo de deixar o confinamento de seu quarto, remoendo-se em lembranças do tempo em que amou um jovem rapaz, perdido para sempre numa guerra esquecida, o que para o médico é interpretado como um exílio voluntário na terra de melancolia. A terapia do Doutor leva Pandora por uma jornada através de paisagens de burocracia, guerra, cerimônias e retratos familiares, despertando suas memórias.

Teatro do absurdo e do movimento, o texto explora a poesia e está repleto de ironia, drama e humor.
Dirigido por Steven Wasson, também autor da dramaturgia, em colaboração com Corine Soun, o espetáculo traz no elenco Bete Coelho, Djin Sganzerla, André Guerreiro Lopes e Ricardo Bittencourt.



Serviço:
Peça: A Melancolia de Pandora
Local: Sesc Belenzinho – Teatro
Rua Pe. Adelino, 1.000, Quarta Parada
Tel. 2076-9700
De Quinta a Sábado, às 21h; Domingos, às 18h.


sexta-feira, 22 de julho de 2016

Exposição - Abridores de Letras de Pernambuco



A arte dos Abridores de Letras de Pernambuco chega a São Paulo em livro e exposição

Mestres do designe tipográfico popular, os artistas da comunicação visual do nordeste brasileiro foram tema de estudo e ganha mostra no Sesc-Campo Limpo.
Por César Alves

Sendo que Deus escreve certo por linhas tortas, talvez fosse o criador também um Abridor de Letras, diria um dos personagens de Ariano Suassuna.
Donos de uma criatividade ímpar e mestres da comunicação visual instantânea no comércio popular das feiras e mercadinhos, estes designers tipográficos autodidatas se tornaram objeto de pesquisa de Fátima Finizola, Solange Coutinho e Damião Santana.
Profissionais das artes gráficas e do designe, os três foram seduzidos pela imensa versatilidade e variedade de estilos e tipos produzidos pelos abridores e empreenderam uma verdadeira jornada em busca da essência da letra pernambucana. O que encontraram foi um universo de tipos, cores e técnicas que fazem os contornos dos caracteres abertos por estes letristas populares uma arte original e incomparável.
Do fluxo veloz e ininterrupto dos pincéis dos artistas que anunciam “Amola-se”, “Conserta-se”, “Costura-se” e etc, nasceu a obra Abridores de Letras, publicada pela editora Blucher em 2013 e que agora dá origem à exposição em cartaz na unidade Sesc do Campo Limpo.
A mostra, Abridores de Letras de Pernambuco, apresenta letreiros de estabelecimentos comerciais feitos pelos “abridores de letras” remanescentes em Pernambuco. O acervo de 40 placas originais e fotografias foi composto a partir de uma pesquisa realizada pelos três designers, que realizaram expedições a 6 cidades do litoral e interior do estado, registrando o trabalho de 12 pintores letristas.

Serviço:
Livro: Abridores de Letras
Autores: Fátima Finizola, Solange Coutinho e Damião Santana
Editora: Blucher
140 páginas

Exposição: Abridores de Letras de Pernambuco
Local: Sesc-Campo Limpo
Endereço: Rua Nossa Senhora do Bom Conselho, 120
Telefone: (11) 5510-2700



terça-feira, 19 de julho de 2016

Esquetes - Lenise Pinheiro Lança "Fotografia de Palco II"



Lenise Pinheiro lança Fotografia de Palco II no Sesc Pompéia

As Edições Sesc São Paulo promovem hoje, às 20h, no Sesc Pompeia, o lançamento do livro Fotografia de palco II, da renomada fotógrafa paulista Lenise Pinheiro. A obra apresenta imagens de 602 atores, diretores e outros profissionais do teatro brasileiro, documentando a história e a memória de espetáculos encenados entre 1983 e 2015.
Dedicado ao jornalista Nelson de Sá, inspirado no ator Pascoal da Conceição e na crítica de teatro Christiane Riera, o livro expõe imagens de nomes como Andréa Beltrão, Antônio Abujamra, Antônio Fagundes, Bárbara Paz, Christiane Torloni, Claudia Raia, Eva Wilma, Hector Babenco, José Wilker, Maria Della Costa, Maria Fernanda Cândido, Marieta Severo, Matheus Nachtergaele, Raul Cortez, Zé Celso Martinez Corrêa, entre muitos outros.
As fotografias selecionadas ao longo de oito anos são intercaladas com textos assinados por Beatriz Sayad, Bob Wolfenson, Denise Fraga, Francisco Carlos, Guilherme Bonfanti, Leopoldo Pacheco, Luiz Fernando Ramos, Marcelo Coelho, Marisa Orth e Valmir Santos, que apresentam reflexões e interpretações sobre o trabalho de Lenise Pinheiro e sua importância para o teatro e para suas próprias vidas.

Serviço:
Lançamento do livro Fotografia de palco II, e sessão de autógrafos com Lenise Pinheiro
Data: 19 de julho (terça-feira), às 20h00
Local: Comedoria do Sesc Pompeia

Rua Clélia, 93 – Pompeia

20 Poemas para ler no bonde – Oliverio Girondo



A Poesia Passeia de Bonde

20 Poemas para Ler no Bonde, livro de estréia de Olivério Girondo, é finalmente publicado no Brasil, em edição bilíngüe e ilustrado com fotos de Horacio Copolla.
Por César Alves

O poeta tem fome de inspiração, seus olhos devoram a realidade que mastiga à dentadas, engolindo-a num bolo digestivo de imaginário, que digere em criatividade e regurgita em verso e prosa. O viajante tem fome de estrada, seus pés devoram milhas percorridas, engolem paisagens, digerem experiências e regurgita uma mistura da necessidade irresistível de trilhar novos caminhos com a saudade de lugares e pessoas para trás deixados que, de tão intensa, só perde para o imenso desejo de seguir viagem.
Com o perdão do filosofar barato que introduz o texto, caro leitor, é como um amálgama do artista com o viajante que os 20 Poemas Para Ler no Bonde, de Olivério Girondo, nos encantam.
Lançado pela Editora 34, a tradução de Fabrício Corsaletti e Samuel Titan Jr corrige uma das muitas lacunas existentes nas prateleiras de nossas bibliotecas e livrarias de edições nacionais de títulos e autores importantes da literatura produzida na América Latina. Em se tratando de expoentes das vanguardas, então – como é o caso de Olivério Girondo –, são tantos buracos que beiram se tornar um imenso vácuo.
Expoente máximo do Modernismo argentino, Olivério Girondo é também considerado por especialistas como aquele, dentre os poetas das vanguardas latino-americanas, que melhor dialoga com a produção brasileira, principalmente, Oswald e Mário de Andrade.
Originário de uma família abastada de Buenos Aires, muito cedo o autor se deu conta de que as facilidades financeiras que seu berço lhe garantia não poderiam ser desperdiçadas com uma existência fútil, esnobe e cômoda. Sendo assim, ainda muito jovem decidiu tirar proveito de sua condição para abraçar a vida como experiência e saciar-se do banquete das descobertas.
Vivendo de forma quase nômade entre a Argentina e a Europa, apesar de seu espírito boêmio, Girondo dedicou-se de forma apaixonada aos estudos, lendo tudo o que estivesse ao alcance, com especial devoção à literatura e artes em geral. Aqueles eram os anos convulsivos de horror, quando as nações do mundo entravam no primeiro dos dois conflitos mundiais que modelariam a história do século que se iniciava; espanto e fascínio, diante da promessa de possibilidades que as novas invenções e descobertas científicas e tecnológicas prenunciavam; e pulsão criativa, experimental e provocativa, conforme apontavam as vanguardas artísticas européias. Um século novo, exige uma arte também nova, era o que diziam ou pareciam dizer.
Ora, para um garoto com aspirações artísticas e inclinado ao inconformismo, deve ter sido como aquele senhor aposentado, ex-hippie, que hoje não confia em ninguém com menos de sessenta, quando ouviu ainda adolescente alguém pregar: “Não confie em ninguém com mais de trinta!” Ou o garoto suburbano que, em meados da década de 1970, ouviu Never Mind The Bollocks. Here is The Sex Pistols e concluiu: “Eu também posso fazer isso!”
Citações pop e anedotas geracionais à parte, sem medo do afogamento o jovem poeta então saltou de seu trampolim para mergulhar profundamente nas águas do novo, onde a vida artística realmente estava fluindo, num maremoto de ousadia promovido pelas ondas tormentosas dos dada, futuristas, cubistas e surrealistas.
Os 20 Poemas Para Ler no Bonde apresentam um poeta em sintonia com seu tempo e, embora ainda em formação, completamente adaptado às novas propostas criativas de sua época. Mas também, oferecem o olhar do andarilho experiente e, ainda assim, fascinado com a beleza das coisas mais simples, atos e fatos corriqueiros da vida cotidiana, o gigantesco multiverso guardado no micro, imperceptível aos que só tem olhos para o macro; mas claro como o dia para aqueles dotados da capacidade de enxergar além da física dos corpos e das estruturas do concreto.
Todos escritos durante suas andanças por cidades como Buenos Aires, Paris, Veneza e Rio de Janeiro, cada poema convida a vivenciar com o viajante as experiências de sua passagem, enquanto o poeta desperta os sentidos, com saboroso lirismo inspirado no caminhar das mulheres, o olhar de desafio da madura e o rosar das bochechas da virgem inocente, em resposta ao mesmo flerte; a cacofonia das conversas desconexas entre amigos ébrios; a máquina motorizada que segue em descompasso e, mesmo com o ronco de sua artificialidade, não quebra a naturalidade com que transcorrem os dramas pessoais dos que passam, vão ou ficam e dos que bebem, conversam, namoram; assim como a cidade que, aos pouco, toda a natureza cobre, em harmônica desarmonia acelerada.
 Publicado originalmente na França em 1922, o livro só saiu na Argentina em 1925. Um ano antes, Girondo retornou à Buenos Aires, onde ajudou a agitar o modernismo local, como colaborador do órgão difusor das vanguardas hispano-americanas, a revista Martín Fierro (1924-1927) e consagrou-se como poeta e autor de diversos livros, com destaque para Calcomanias (1925), Espantapájaros (1932) e Persuasón de los dias (1942), que merecem artigos próprios para discorrer a respeito.
Além de bilíngüe e ilustrada, a edição brasileira de 20 Poemas para Ler no Bonde conta com reproduções de trabalhos de Horacio Coppola, figura central da fotografia latino-americana, um dos fundadores do Cineclube de Buenos Aires, em 1920, que, em 1932, durante viagem à Alemanha, travou contato com a Bauhaus e a fotógrafa Grete Stern, com quem veio a se casar. Em 1935, o casal promoveu a primeira exposição de fotografia moderna na Argentina.
Antes tarde do que nunca, a feliz chegada do livro de estréia do poeta argentino, como primeiro título dele publicado no Brasil, talvez sinalize como ponto de partida para uma possível reedição de sua obra, para o deleite dos leitores brasileiros.
Para ler no bonde, no ônibus, no metrô, no taxi ou no avião.

Trecho:
“A cidade imita um papelão uma cidade de pórfiro. Caravanas de montanhas acampam nos arredores. O Pão de Açúcar basta para adoçar a baía inteira o Pão de Açúcar e seu teleférico que há de perder o equilíbrio por não usar uma sombrinha de papel (...)”.



Serviço: 20 Poemas Para Ler no Bonde. Autor: Olivério Girondo. Tradução: Fabrício Corsaletti e Samuel Titan Jr. Editora 34. 112 páginas. Fotografias de Horácio Coppola.

Memórias de um Cão – Cenário Nacional - Teatro Caixa (Curitiba)




Machado de Assis e as estratégias de Dissimulação


A Caixa Cultural Curitiba apresenta o espetáculo Memórias de um Cão, que parte do estudo da obra de Machado de Assis para propor uma abordagem crítica das estratégias de dissimulação, engodo e auto-engano que marcam no campo subjetivo e político as relações sociais do Brasil contemporâneo. A peça dá continuidade à pesquisa em dramaturgia autoral que o Coletivo de Teatro Alfenim desenvolve desde sua origem, em 2007, em João Pessoa, na Paraíba.


Serviço:
Memórias de Um Cão
Local: Teatro Caixa Curitiba
Estréia: 19/08/2016

Maiores informações: www.caixacultural.gov.br

sábado, 16 de julho de 2016

Cenário Nacional (RJ) - Augusto Boal, Meus Caros Amigos – IMS



Cartas Abertas ao Brasil

Exposição da correspondência de Augusto Boal também revela a intimidade de um país em transe.
Por César Alves

Em uma carta, datada de 25 de abril de 1984, dia em que estava sendo votada a emenda constitucional pelas Diretas, a atriz Fernanda Montenegro comenta ao amigo Augusto Boal, exilado do país desde 1971, sua animação, reflexo da sensação de esperança de todo um povo, que, finalmente, podia respirar aliviado, nos instantes finais de uma cruel ditadura que acabara de completar duas décadas. A carta seria terminada mais tarde, na madrugada do dia seguinte, por volta das duas da madrugada, ao final da votação, em tom de decepção e tristeza: a emenda não fora aprovada e o Brasil só reconquistaria seu direito ao voto direto para presidente cinco anos depois.
A carta de Fernanda Montenegro ao teatrólogo, criador do Teatro do Oprimido e nome fundamental para as artes cênicas no Brasil, Augusto Boal, é simbólica de quanto a troca de correspondências entre os agentes culturais de um povo, mais que a intimidade deles próprios, também traduzem a intimidade do momento histórico de todo um país. A missiva faz parte da exposição Meus caros amigos – Augusto Boal – Cartas do exílio que reúne parte da correspondência de Augusto Boal (1931-2009).
Com curadoria de Eucanaã Ferraz, poeta e consultor de literatura do IMS, a mostra segue em cartaz na Pequena Galeria do Instituto Moreira Salles no Rio de Janeiro até agosto. Além das 40 cartas – a maior parte recebida por Boal –, estão expostos fotografias, passaportes, alguns livros, além de leituras e depoimentos em vídeo de Chico Buarque, Fernanda Montenegro e Cecilia Boal, viúva do teatrólogo.
Das centenas de correspondências preservadas no acervo do Instituto Augusto Boal, foram selecionadas as cartas que tocam mais intimamente na solidão do desterro. Entre elas, as de sua mãe, dona Albertina, e de amigos, como Chico Buarque, Ferreira Gullar, Fernando Peixoto, Dias Gomes e Fernanda Montenegro.
Parte desse material é apresentada ao público pela primeira vez e, entre seus destaques, está uma carta escrita por Chico Buarque, em 20 de julho de 1975, em que comenta a parceria entre eles para Mulheres de Atenas, composta para uma peça de Boal nunca encenada, e uma letra ainda não finalizada para um chorinho de Francis Hime, mais tarde batizado de Meu caro amigo, canção que inspirou o nome da mostra.






Serviço:
Meus caros amigos – Augusto Boal – Cartas do exílio
Local: Instituto Moreira Salles – Rio de Janeiro
Rua Marquês de São Vicente, 476, Gávea
Tel.: (21) 3284-7400/ (21) 3206-2500
Até 21 de agosto



quarta-feira, 13 de julho de 2016

Especial - Hoje é Dia de Rock - O Quinto Beatle



O Quinto Fabuloso de Liverpool

Sucesso de crítica e vendas, a premiada biografia do empresário dos Fab Four em quadrinhos deve virar filme e chega ao Brasil pela editora Aleph.
Por César Alves

Contrariando um velho clichê muito explorado em artigos, livros e documentários sobre a história dos Beatles – a de que o produtor George Martin seria a cabeça de número cinco na máquina criativa e bem sucedida dos quatro fabulosos de Liverpool –, em 1999, o ex-Beatle, Paul McCartney teria declarado: “se houve um quinto beatle, este foi Brian Epstein. Brian era praticamente parte do grupo”. O depoimento foi a inspiração para o título de O Quinto Beatle, Graphic Novel, recentemente, publicada no Brasil pela editora Aleph, que conta a história do empresário, divulgador e principal responsável pela beatlemania em quadrinhos.
Escrita por Vivek J. Tiwary e com desenhos de Andrew C. Robinson, a obra narra a história de Epstein, a partir do momento que ele descobre seus futuros protegidos e decide empresaria-los até sua morte, em 1967, por uma overdose acidental.
Dono de uma loja de discos e também empresário de outras bandas de Liverpool, como Gerry and The Peacemakers e Billy J. Kramer, Brian Epstein foi o primeiro a perceber o potencial do grupo, ao ponto de insistir em conseguir um contrato para eles quando ninguém apostava que eles poderiam ser alguma coisa, dentro do Show Business. Visionário, desde os primeiros momentos da carreira do quarteto, declarava “um dia, eles serão maiores do que Elvis Presley”, provocando risadas em gente do meio musical.
Epstein, que era judeu, quando ser judeu era no máximo algo aceitável, e homossexual, quando o homossexualismo era tratado como crime ou doença, foi responsável pela construção visual dos Beatles, convencendo-os a trocar seus casacos de couro rockers pelos famosos terninhos de gola que os fizeram mais apresentáveis para o público britânico
São os desafios, tanto na vida pessoal, quanto profissional, abraçados pelo empresário que dão o tom da narrativa, que representa em alguns momentos, Epstein como um toureiro. Tais experimentos visuais foram a opção dos autores para representar, de forma simbólica, os embates internos e externos sofridos por ele, que tomava remédios para “curar” seu homossexualismo.
Em vários momentos, os autores recorrem a elementos fantasiosos para caracterizar os efeitos das drogas, colocando o leitor na perspectiva de Epstein. Como, por exemplo, a negociação entre ele e o apresentador Ed Sullivan para a apresentação dos Beatles no programa de maior audiência nos Estados Unidos da época e que deu ignição à beatlemania. Durante a conversa com Sullivan, o apresentador fala através de um boneco de ventríloquo.

O texto foi construído através dos depoimentos de amigos e colaboradores do empresário, como Nat Weiss, advogado dos Fab Four, e Joanne Pettersen, assistente pessoal de Brian Epstein.
Da relação afetuosa entre Epstein e Pettersen – aqui como Moxie –, passando pela explosão mundial do grupo; os escândalos – como a declaração de Lennon de que “os Beatles agora são maiores que Jesus Cristo” e sua repercussão entre conservadores e religiosos xiitas –, e as férias na Espanha que o empresário teria passado com John e que ainda hoje rende debates sobre a sexualidade de Lennon, trata-se de um belíssimo trabalho.
A Graphic Novel esteve por cinco semanas entre a lista dos mais vendidos do The New York Times, foi indicada ao Prêmio Eisner, o mais importante dos quadrinhos, e vai ser adaptado para o cinema no ano que vem, com direito ao uso de canções, autorizado pelos Beatles sobreviventes.


Serviço:
Título: O Quinto Beatle.
Autor: Vivek J. Tiwary.
Ilustrador: Andrew C. Robinson.
168 páginas
Editora: Aleph.


terça-feira, 12 de julho de 2016

Alice no País das Maravilhas - Teatro Augusta


Alice no País das Maravilhas – Teatro Augusta

Considerado o texto mais importante da literatura infantil, Alice no País das Maravilhas, de Lewis Carrroll, completou 150 anos no ano passado com direito a festejos no mundo inteiro. Prestes a ser mais uma vez revisitado no cinema, com Alice Através do Espelho, as fascinantes aventuras de Alice no mundo das Maravilhas, está em cartaz no Teatro Augusta.

O espetáculo que conta a história de Alice, uma menina curiosa e inteligente que cansada do seu mundo monótono de estudos e livros sem gravuras, acaba caindo no fantástico País das Maravilhas após seguir um coelho muito atrasado. Nesse mundo de sonhos, conhece personagens peculiares como a Lagarta Tchuma, o Gato-Toso e o Papagaio Falante. Toma chá com o Chapeleiro Maluco, joga baralho com a malvada Rainha de Copas e embarca numa incrível e imperdível aventura.


Serviço:
Alice no País das Maravilhas
Local: Teatro Augusta - Sala Paulo Goulart – 304 Lugares.
Endereço: Rua Augusta, 943 - Cerqueira César
Duração: 50 Minutos.

Classificação: Livre

Beatles Para Crianças - Teatro Morumbi Shopping



Beatles Para Crianças

O grupo BPC - Beatles para Crianças surgiu da iniciativa do educador, músico e diretor musical Fábio Freire. Com experiência de professor em diversas escolas, ele se uniu a três músicos para formar o show. Depois de uma sessão improvisada em 2010, durante o intervalo da escola em que trabalhava, Freire não parou mais de se apresentar.
O repertório reúne os sucessos do quarteto de Liverpool, com arranjos originais. Entre eles Hey Jude, Let It Be e All You Need Is Love, mesclando histórias contadas e cantadas. A cada sessão, o público recebe também um certificado de Primeiro Show de Rock.
Para o Teatro Morumbi Shopping, o grupo está preparando surpresas especiais. Em agosto, será lançado o CD BPC - Beatles Para Crianças, com 15 clássicos dos ingleses repaginados pra garotada. O encarte tem prefácio assinado pelo crítico de atrações infantis Dib Carneito Neto e um Manual do Rock’n’Roll, recheado de curiosidades e informações sobre o movimento, instrumentos, maiores personalidades etc.
As novidades da banda não param por aí. Já está no prelo o livro Beatles Heróis, que, em um formato híbrido de histórias em quadrinhos com textos em prosa, apresenta os integrantes do Beatles Para Crianças como super-heróis.

Serviço:

Estréia dia 13 de agosto, sábado, às 15h.
Teatro MorumbiShopping.
Temporada: Sábados e domingos, às 15h. Temporada indeterminada.
Classificação: livre.
Duração: 70 minutos.

Capacidade: 250 lugares.

segunda-feira, 11 de julho de 2016

Esquetes - Tennessee Williams na visão de Antunes Filho



Blanche – Sesc Consolação

O embate entre a aristocrata decadente Blunche DuBois e o operário Stanley Kowalski, da obra magistral de Tennessee Williams, imortalizada por Billy Wilder por Vivien Leigh e Marlon Brando, ganha uma nova versão pelas mãos de Antunes Filho.

Responsável pelo CPT (Centro de Pesquisa Teatral) do Sesc Consolação, Antunes Filho batizou sua versão apenas Blanche e deu o papel da personagem a um ator masculino, Marcos Andrade, que teve a idéia para a montagem, que conta com uma língua desenvolvida exclusivamente para o espetáculo.
No elenco também estão Andressa Cabral e Felipe Hofstatter.

Serviço:
Blanche
Quando: qua., qui. e sex.: 20h. Sáb. e feriados: 17h (exceto 25 de março). 110 min. De 23/3 a 25/6/2016
Onde: Espaço CPT - Sesc Consolação, 7º andar (r. Dr. Vila Nova, 245, Vila Buarque, São Paulo)

Informações: 0/xx11/3234-3000

História da Arte Brasileira na Pinacoteca



História da Arte Brasileira na Pinacoteca

Do período colonial ao modernismo, a história da arte brasileira é tema de duas exposições em cartaz na Pinacoteca de São Paulo.
A primeira, Arte no Brasil: Uma história na Pinacoteca de São Paulo, reúne cerca de 500 obras, entre pinturas, esculturas, desenhos, gravuras e fotografias. Intitulada Arte no Brasil - uma história na Pinacoteca de São Paulo, a mostra traz um panorama da arte brasileira, do período colonial aos anos 1930, por meio de obras que integram o acervo do museu, realizadas por artistas fundamentais para a história da arte no Brasil como Debret, Taunay, Facchinetti, Almeida Junior, Eliseu Visconti, Pedro Alexandrino, Candido Portinari e Lasar Segall, entre outros.

Uma História do Modernismo na Pinacoteca traz 50 obras de artistas como Tarsila do Amaral, Cândido Portinari, Emiliano Di Cavalcanti, Alfredo Volpi, Lasar Segall, Victor Brecheret e muito mais. Reunindo trabalhos realizados entre os anos 1920 e 1950, esta exposição dá continuidade à mostra de longa duração do museu apresentada no segundo andar da Pinacoteca. A mostra propõe uma leitura sobre as inovações formais do primeiro modernismo, a retomada das tradições da pintura e os novos caminhos da arte neste período.

Serviço:
Arte no Brasil: Uma história na Pinacoteca de São Paulo e Uma história do Modernismo na Pinacoteca
Local: Pinacoteca de São Paulo
Praça da Luz, 02
Tel. 11 3324-1000.
Quarta a segunda, das 10h às 17h30 com permanência até as 18h.


Gabriela, um Musical de João Falcão




Cravo e Canela – Gabriela, um Musical

Explorada na tevê e cinema, a literatura de Jorge Amado agora chega ao universo dos musicais, com a estréia de Gabriela, um Musical. A frente do projeto, ninguém menos do que João Falcão. A personagem das mais sensuais da obra do escritor baiano, que já foi encarnada na tevê por Sônia Braga e Jualiana Paz, agora é vivida pela estreante, Daniela Dublois.
Aos 26 anos, recém-formada em medicina, Daniela Dubois costumava cantar nas noites de Manaus, quando foi incentivada por amigos a fazer um teste para o espetáculo de Falcão. Aprovada, sua interpretação vem recebendo elogios, tanto da crítica, quanto do público, e a moça vem sendo vista como mais uma descoberta do diretor que já revelou nomes como Wagner Moura e Lázaro Ramos.
Sem cenário, o musical se constrói a partir do jogo de luzes e do caprichado figurino. Um recurso de esteiras no chão do palco traz movimento tanto para a caminhada dos retirantes pelo sertão da Bahia como para cenas mais clássicas da obra de Jorge Amado.
A direção musical do também jovem Tó Brandileone, do coletivo 5 a Seco. Com uma banda de cinco músicos que fica exposta ao público.
O espetáculo estreou no último dia 9 de julho em São Paulo e fica em cartaz até 7 de agosto, no teatro Cetip, localizado no Instituto Tomie Ohtake, em Pinheiros.

Serviço:
Gabriela, Um Musical
Quando: Temporada de 9 de junho a 7 de agosto de 2016. Sessões: quintas e sextas, às 21h; sábados, às 17h e 21h; domingos às 18h
Onde: Teatro Cetip - Rua Coropés, 88, Pinheiros